Os sacos de plástico distribuídos gratuitamente nos supermercados não se degradam ao fim de dez meses, nem são facilmente recicláveis. Apesar de terem a designação de 100% degradáveis, por possuírem um aditivo que acelera a deterioração no ambiente a partir dos quatro meses, a Quercus prova que tal não está a acontecer.
Durante dez meses, os ambientalistas colocaram-nos em vários ambientes: terra, lixo, água doce e salgada. No final, os sacos ditos degradáveis estavam nas mesmas condições e não degradados. Só os colocados em água salgada tinham perdido a cor, tornando-se ainda mais perigosos para o ambiente por serem facilmente confundidos pelas espécies aquáticas que os ingerem, levando o plástico a entrar na cadeia alimentar.
Os resultados mostram que os sacos ficam mais caros (porque têm o aditivo) e não se degradam. Além disso, segundo divulgou há pouco tempo a Associação Europeia de Recicladores de Plástico, a sua reciclagem não é garantida, devido à presença do aditivo.
A Quercus sugere que os sacos plásticos usados nas compras sejam pagos e reutilizados ao máximo, para depois serem colocados no ecoponto e enviados para reciclar. Carmen Lima, da Quercus, recorda o resultado de outro estudo elaborado pela associação e pela Universidade da Madeira: a não distribuição gratuita de sacos nos supermercados aumenta em 50% a sua taxa de reutilização e contribui para a optimização do seu uso em 20%.
Diário Notícias 19/03/2010
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